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No nº 59 da Av. Alexandre Herculano, próximo do Rato está uma entrada discretíssima. O terreno para edificar a Sinagoga de Lisboa "Shaaré Tikvá" (Portas da Esperança) teve de ser comprado em nome de pessoas particulares e a própria sinagoga, inaugurada em 1904, obrigatoriamente construída sem fachada para a rua, porque era proibido, ainda nessa época, a visibilidade de um templo que não fosse de religião católica.


Passando a entrada que dá para a rua, ficamos perante o edifício da Sinagoga. Projecto do arquitecto Ventura Terra, a grande figura do urbanismo lisboeta da viragem dos séc. XIX e XX, a Sinagoga, designada or "Shaaré Tikva" (Portas da Esperança) comemorou o seu primeiro centenário em 2004. A sua arquitectura associa elementos decorativos de origem romana, bizantina e romântica.



O Judaísmo é a religião e cultura do povo judeu. As doutrinas e história do Judaísmo constituem os fundamentos históricos de muitas outras religiões, incluindo o cristianismo e o Islão.
O judaísmo não se caracteriza como uma religião. Em vez disso, os judeus têm encarado tradicionalmente o judaísmo como uma cultura com a sua própria história, língua (hebraica), pátria ancestral, liturgia, filosofia, princípios éticos, práticas religiosas, etc.


O assunto do Tanakh (o Velho Testamento) é um relato da relação dos israelitas (também conhecidos como hebreus) com Deus, segundo os reflexos dessa relação na sua história desde o princípio dos tempos e a construção do segundo templo (cerca de 350 BCE).


Para os judeus, a Torá (o Pentateuco) foi transmitida a Moisés, diretamente de Deus e ensinada ao povo. Seu conteúdo foi compilado na íntegra, para que assim ele jamais fosse esquecido e permanecesse imutável, mesmo com o passamento dos sábios que a transmitiram, de geração a geração.


Se bem que o judaísmo tenha sempre reconhecido um certo número de outros princípios de fé judaicos, nunca desenvolveu um catecismo obrigatório. Surgiram variadas formulações das crenças judaicas, a maioria das quais com muito em comum entre si, mas divergentes em vários aspectos. Nos últimos dois séculos, a comunidade judaica dividiu-se em vários movimentos judaicos. Cada um desses movimentos tem uma abordagem diferente no estilo de vida, cada movimento cumpre mais ou menos leis. A maior parte das formas de judaísmo ortodoxo geralmente cumprem muitos preceitos, ao passo que as formas não-ortodoxas de judaísmo geralmente defendem que os princípios foram evoluindo com o tempo e adapta o judaísmo aos costumes locais.


O judaísmo é comummente dividido nos seguintes movimentos:

Judaísmo ortodoxo (inclui o Judaísmo chassídico, o Judaísmo ultra-ortodoxo, o Judaísmo ortodoxo moderno e o Judaísmo ortodoxo feminista).
Judaísmo conservador (fora dos Estados Unidos é conhecido por Judaísmo Masorti).
Judaísmo reconstrucionista
Judaísmo da reformista (fora dos Estados Unidos também é conhecido como Judaísmo progressista e, no Reino Unido, Judaísmo liberal)
Judaísmo neo-chassidico
Judaísmo ultra liberal
Judaísmo Messiânico - Crê que Yeshua ben Yosef (Jesus filho de José) é Ha Mashiach (O Messias)prometido pelos profetas do Tanach (Antigo Testamento)
Judaísmo Humanístico - que não exige crença em Deus



Aqui está a arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo Judeu.
Nas portas da arca estão inscritos os 10 mandamentos.
Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá, que são retirados e lidos pelo rabi durante as orações.



A Lei Judaica considera judeu todo aquele que nasceu de mãe judia ou se converteu de acordo com a Lei Judaica. (Recentemente, os seguidores da Reforma Americana e do Reconstrucionismo têm incluído também as crianças nascidas de pai judeu e mãe gentia, desde que educadas de acordo com a religião judaica.)

Um judeu que deixe de praticar o Judaísmo e se transforme num judeu não-praticante continua a ser considerado judeu. Um judeu que não aceite os princípios de fé judaicos e se torne agnóstico ou ateu também continua a ser considerado judeu.

No entanto, se um judeu se converte a outra religião, como o Budismo ou o Cristianismo, perde o lugar como membro da comunidade judaica e transforma-se num apóstata. Segundo a tradição, a sua família e amigos tomam luto por ele, pois para um judeu abandonar a religião é como se morresse. No entanto, embora a pessoa esteja fora da comunidade judaica e tenha ideias não-judaicas, essa pessoa ainda é judaica de acordo com a maior parte das autoridades em lei judaica.



A Torá (os cinco livros de Moisés) é o texto principal do judaísmo. O judaísmo rabínico defende que a Torá é idêntica à que foi entregue por Deus a Moisés no Monte Sinai. Os judeus ortodoxos acreditam que a Torá que existe hoje é exactamente aquela que foi entregue por Deus a Moisés, com um número reduzido de duvidas de cópia. Devido aos avanços nos estudos bíblicos e na pesquisa arqueológica e linguística, a maioria dos judeus não-ortodoxos rejeita este princípio. Em vez disso, aceitam que o núcleo da Torá Oral e Escrita pode provir de Moisés, mas afirmam que a Torá escrita que existe hoje foi amalgamada a partir de vários documentos.


Existem acontecimentos do ciclo da vida de um judeu que o/a unem a toda a comunidade.

Berit milá - As boas-vindas dos bebés do sexo masculino à aliança através do ritual da circuncisão.
Zébed habbát - As boas-vindas dos bebés do sexo feminino em a tradição sefaradí.
Bar misvá e Bat misvá - A celebração da chegada de uma criança à maioridade, e por se tornar responsável, daí em diante, por seguir uma vida judaica e por seguir a halakhá.
Casamento
Shib'a|Luto - O judaísmo tem práticas de luto em várias etapas. À primeira etapa (observada durante uma semana) chama-se Shib'a, à segunda (observada durante um mês) chama-se sheloshim e, para aqueles que perderam um dos progenitores, existe uma terceira etapa, a avelut yod bet chódesh, que é observada durante um ano.


As datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um calendário lunisolar. As principais são as seguintes:
Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro.
Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 AC.
Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.
Rosh Hashaná - é comemorado o Ano-Novo judaico.
Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
Sucót - refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito.
Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém.
Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.





Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento das orações.




Posted by Acilina
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